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as produções

Trabalhos acadêmicos

As ações desenvolvidas no projeto de extensão Dingbats Baía Formosa foram relatadas em diversas produções acadêmicas. Confira, abaixo, as publicações relacionadas ao projeto:

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artigo

Dingbats Baía Formosa: interseções entre o design de tipos e a cartografia social a partir de um projeto de extensão universitária

por Luiza Falcão Soares Cunha e Juliana Felipe Farias 

Revista Brasileira de Design da Informação / Brazilian Journal of Information Design Curitiba | v. 20 | n. 2 [2023], pp. 1 – 17 | ISSN 1808-5377.

O artigo apresenta o projeto Dingbats Baía Formosa, ação de extensão universitária proposta pelos Departamentos de Design e de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O projeto propõe utilizar fontes dingbats como ferramenta no processo de mapeamento social participativo. O estudo investigou duas hipóteses: a) a utilização de símbolos previamente desenhados pode contribuir na dinâmica de oficinas teórico-práticas de suporte ao desenvolvimento de mapas sociais, e b) a implementação de tais símbolos como fontes dingbats pode facilitar na confecção dos mapas em softwares de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). O projeto resultou na elaboração de cinco fontes representativas dos elementos da cultura do município de Baía Formosa/RN. Foi constatado que a produção de dingbats pode facilitar o desenvolvimento de mapas sociais e a sua implementação em softwares especializados.

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resumo

Mapeamento Participativo em Geografia: Intercâmbio de Conhecimentos e Diálogo Interdisciplinar

por Juliana Felipe Farias, Luiza Falcão Soares Cunha e Larícia Gomes Soares

XIV Congresso da Geografia Portuguesa | Territórios em transição e sustentabilidade: crises e respostas | Lisboa | 14 a 17 de novembro de 2023

As experiências relacionadas a Mapeamentos Participativos e Cartografia Social estão em um contínuo processo de construção, que vem contribuindo com a relativização do sentido oficial de se construir mapas e propiciando a ressignificação do termo cartografia (Acselrad & Viègas, 2013). A pesquisa, resultado de uma colaboração em um projeto de extensão entre pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte dos Cursos de Geografia e Design, teve como objetivo elaborar um mapa social participativo do município de Baía Formosa, situado no estado do Rio Grande Norte, Brasil, apresentando um diagnóstico que priorize a identificação de potencialidades e limitações locais. As ações foram desenvolvidas por intermédio dos preceitos e técnicas associadas da Geografia e do Design que, através da espacialização visual, explicitam as relações dos grupos envolvidos com o território. Os procedimentos metodológicos foram embasados nos trabalhos de Cartografia Social desenvolvidos por autores como Gorayeb, Meireles e Silva (2015) em 3 fases: 1. Diagnóstico participativo/reconhecimento dos grupos; 2. Mapeamento do território em campo; 3. Construção do mapa social. A colaboração entre a Geografia e o Design ocorreu nas diferentes fases sendo mais evidente com a produção das fontes dingbats, que são um conjunto de caracteres não-alfabéticos (Silva & Farias, 2005) que podem ser utilizados para diferentes fins e em colaboração com outras áreas do conhecimento (Cunha, 2019). As fontes dingbats foram os símbolos utilizados na construção da legenda do mapa social, elaborados de forma colaborativa entre as diferentes áreas e a comunidade local, sendo esse o principal resultado/produto dessa pesquisa. Além disso, destaca-se a parceria positiva entre os diferentes cursos, demonstrando na prática a viabilidade da interdisciplinaridade entre a Geografia e outras áreas do conhecimento, como o Design. A construção do mapa social participativo permitiu que o grupo envolvido se reconhecesse como agente que exerce influência e molda o seu território. Nessa perspectiva, os mapeamentos participativos realizados de forma interdisciplinar mostram-se mais eficazes em termos de aplicação, configurando-se como ferramentas que auxiliam no ordenamento do território.

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dissertação

Paisagem, comunidade e território: diálogos de saberes e mapeamento participativo em Baía Formosa (RN)

por Larícia Gomes Soares | orientação por Juliana Felipe Farias

Programa de Pós- Graduação e Pesquisa em Geografia (PPGE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

O município de Baía Formosa, localizado no estado do Rio Grande do Norte, apresenta problemas socioambientais e conflitos ligados ao uso dos seus recursos naturais. A utilização diversa de cada porção do território por diferentes agentes, especialmente na última década, ressalta mudanças, impactos e conflitos nessa área. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo elaborar o mapeamento participativo do município, ressaltando potencialidades e problemas/limitações, por meio da leitura da paisagem e do uso diverso dos recursos naturais presentes no território. Para isso, três núcleos são focos nesta análise enquanto grupos participantes do estudo: agentes representativos da sede urbana e dos distritos Pituba e Vila da Usina; a comunidade indígena Sagi Jacu, e o núcleo representativo de pescadores. Quanto ao aporte téorico-metodologico, a pesquisa tem como bases principais a Geoecologia das Paisagens e Cartografia Social, onde se destacam autores como Farias (2012, 2015), Rodriguez e Silva (2018), Acselrad e Coli (2008), Gorayeb, Meireles e Silva (2015), Costa (2016, 2021), entre outros. Em termos metodológicos, o estudo se pauta em quatro fases inerentes à Geoecologia das Paisagens, que foram adaptadas para a pesquisa, são elas: fase de organização e inventário, fase de análise, fase de diagnóstico, e fase propositiva, as quais, ocorrem alinhadas à tríade da Cartografia Social: investigação-ação-participação. Como resultado, foi realizado o mapeamento participativo social da sede urbana do município, assim como, do distrito Pituba, Sagi, Vila da Usina e aldeia Sagi Jacu, todos com ênfase nas potencialidades e problemas identificados nas localidades, além da elaboração coletiva de propostas de mitigação e melhores usos dos recursos naturais. Ademais, foi produzido um mapa social de pesca, ressaltando essa atividade tradicional que marca a história de município. Desse modo, o mapeamento participativo de Baía Formosa não se apresenta apenas como uma ferramenta técnica, mas sim, um processo que promove a conexão entre a comunidade e seu território, conhecimento científico e os saberes tradicionais. Portanto, espera-se que as análises e produtos advindos da pesquisa possam auxiliar o município, a compreender e investir em suas potencialidades respeitando suas limitações, mitigando problemas e conflitos, com o fim de conquistar uma relação entre atividades humanas e capacidade de suporte do meio mais harmônica e compatível com a realidade local. 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte | CCHLA | Departamento de Design | 2024

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